sábado, 9 de abril de 2011

Lágrimas e dentes

Às vezes falar do meu pai é diferente de falar sobre meu pai.
Percebi isso na quarta-feira.
Falar do meu pai é algo linear, algo que não me traz sensações inconstantes e opostas, diferente de falar sobre ele.
Falo meu pai mas podem generalizar como o pai de todos. Não como Deus, mas como pai de sangue, bem, o que quero dizer é que podem ler o texto como primeira pessoa.
Não pensei que um objeto tivesse o mesmo valor que um sentimento.
Nem mesmo pensei que um objeto pode ter valores opostos mas de mesma quantia.
Bem... eu sempre falei aquilo tudo pra mim mas nunca pros outros, o que é mas difícil.
Porém a leveza que as lágrimas me deram depois foi inexplicável.
E o que piorou foi a saudade.
Saudade é uma coisa que não sacia, por mais que pareça, não acontece.
Mas que bom que saudade existe pra gente, porque conseguimos perceber o que ela nos traz.
Senti ali que todos éramos um só, envolvidos por lágrimas, risos e saudade, muita saudade do que mal começou.
Adoro objetos, adoros pessoas e adoro sentimentos.
E todos temos tudo e mais um pouco.

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